A pandemia do novo coronavírus criou um novo tipo de luto: sem despedida. Em bate-papo no Encontro, Ana Claudia Quintana Arantes, médica geriatra formada pela USP e especialista em Cuidados Paliativos, indicou que ligações telefônicas e através de vídeos com amigos e familiares podem ajudar em um momento que velórios estão suspensos para evitar a contaminação pelo vírus.
Para a profissional, lembrar de momentos especiais com pessoas próximas ajudam a enfrentar o luto.
“A gente não pode se permitir ser prisioneiro dessa dor. Nós não somos prisioneiros. A memória é livre, não está infectada pelo Covid-19. A memória é cura. Você sabe que o abraço que vai receber das pessoas só está adiado. Ele não está eliminado, para que nesse momento, você possa se abraçar com a história e com as fotos”.
Ela também explicou por que os velórios ajudam a superar a morte de entes queridos.
A médica também comentou da iniciativa de alguns hospitais de permitirem que os pacientes conversem com familiares através de vídeos.