Como a arquitetura dos ambientes pode beneficiar o envelhecimento?

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À medida que envelhecemos, nossas necessidades e preferências mudam completamente – e isso não é diferente quanto aos espaços que frequentamos (e como nos sentimos em relação a eles).

Escadas podem parecer algo desconfortável – e cansativo.

A iluminação da sala de casa já não parece ser tão eficiente assim.

Hm… será que esses tapetes podem ser escorregadios?

Acho que não me sinto bem nesse lugar, por que será?

É nesse contexto que a GEROARQUITETURA entra em cena.

A Geroarquitetura é uma área da Arquitetura que se dedica a criação de espaços que atendam às demandas específicas das pessoas idosas, promovendo bem-estar, qualidade de vida, segurança e liberdade. Também chamada de Arquitetura para o Envelhecimento, os profissionais buscam a projeção e a execução de ambientes funcionais que supram necessidades físicas, cognitivas e emocionais desses indivíduos.

Quem trabalha nesta área leva em consideração uma série de elementos no projeto como: a disposição dos espaços, a iluminação adequada, a eliminação de barreiras arquitetônicas, a escolha dos materiais mais seguros e a criação de ambientes que estimulem o convívio social.

Essas adaptações e soluções arquitetônicas têm como objetivo permitir que a pessoa idosa mantenha sua autonomia e independência por mais tempo, sinta-se confortável, tenha o senso de pertencimento e, por consequência, mais qualidade de vida.

É importante saber que ela não se limita apenas a residências, mas também se estende a outros espaços frequentados por pessoas idosas, como hospitais, centros de saúde, residências assistidas e instituições de longa permanência. A abordagem busca criar ambientes que sejam inclusivos, seguros e confortáveis, contribuindo para um envelhecimento saudável e uma melhor experiência.

Dentre os benefícios da Geroarquitetura estão:

1.Acessibilidade e mobilidade: um dos principais aspectos da Geroarquitetura é a criação de espaços acessíveis e adaptados às limitações físicas que podem surgir com o passar dos anos. Isso inclui a eliminação de barreiras arquitetônicas, como degraus e portas estreitas, e a incorporação de soluções que facilitem a mobilidade, como corrimãos, rampas e elevadores. Ao projetar espaços acessíveis, é possível promover a autonomia e a independência das pessoas idosas, permitindo-lhes desfrutar de seus lares sem limitações desnecessárias.

2.Segurança e prevenção de quedas: a segurança é uma preocupação primordial na Geroarquitetura. Através de escolhas de design cuidadosas, como a instalação de pisos antiderrapantes, a adequada iluminação dos espaços e a disposição adequada do mobiliário, os ambientes se tornam mais seguros e propícios à prevenção de quedas, que são uma das principais causas de lesões em pessoas idosas. Ela também considera a instalação de sistemas de alarme e sensores que podem alertar em caso de emergências, garantindo a tranquilidade dos moradores.

3.Conforto e bem-estar: ambientes projetados com Geroarquitetura são pensados para promover o conforto e o bem-estar às pessoas idosas. Isso pode incluir a utilização de cores suaves e iluminação adequada, que contribuem para uma atmosfera relaxante. Além disso, a consideração de aspectos como acústica e ventilação adequadas ajuda a criar espaços agradáveis, que favorecem o descanso e a qualidade do sono. O uso de mobiliário ergonômico e adaptado às necessidades físicas também contribui para o conforto e a saúde postural.

4.Estimulação sensorial e socialização: A Geroarquitetura valoriza a importância da estimulação sensorial e da socialização na vida das pessoas idosas. Ao criar espaços com elementos naturais, como jardins, áreas de convivência ao ar livre e ambientes bem iluminados, estimula-se a conexão com a natureza e o bem-estar emocional. Além disso, ela considera a integração de espaços comunitários, como salas de estar compartilhadas e áreas de lazer, para incentivar a interação social e promover um senso de harmonia.

A GEROARQUITETURA VALORIZA A INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DAS PESSOAS IDOSAS, CONTRIBUINDO PARA QUE ELAS POSSAM REALIZAR SUAS ATIVIDADES DIÁRIAS COM MAIOR FACILIDADE E SEGURANÇA, MANTENDO SUA DIGNIDADE E AUTOESTIMA.

Você já havia ouvido falar sobre isso? Me conta!

5 respostas

  1. Fico fascinada com esses desdobramentos que acontecem no cuidar. Principalmente no que diz respeito a idosos. Acredito que faça pensar nas limitações de uma maneira mais natural e gentil.

  2. Nunca havia pensado nesta área da arquitetura. Hoje nós engenheiros e arquitetos temos que SEMPRE atender a NBR 9050 que se refere a acessibilidade à edificações. Mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Essa norma seria voltada para as pessoas com necessidades especiais. No caso da GERIARQUITETURA o foco é na verdade atender a uma melhor qualidade de vida para as pessoas idosas. Isto é muito importante é deveria ser matérias obrigatórias nos cursos.

  3. Acho que todos os espaços devem ser adaptados para pessoas idosas e deficientes. Eles estão em toda parte e convivem com os jovens e com os que não têm deficiência, embora quase todo mundo tenha um tipo de deficiência.
    O espectro da deficiência é muito amplo e mal atendido. Como atender um deficiente auditivo que não consegue ouvir a campainha da porta? Ou um deficiente visual que não consegue distinguir os degraus de uma escada? Ou um daltônico instado a escolher sua poltrona no cinema, entre as verdes (livres) e as vermelhas (ocupadas)?

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