Revista Muito: “A morte é minha melhor amiga”

Entrevista concedida pela Dra Ana Claudia Quintana Arantes a Tatiana Mendonça, da Revista Muito, publicada na edição de 03/11/2019.

“Há um poema de Manuel Bandeira que fala na chegada da “indesejada das gentes”. Que poderá a noite descer, posto que seu dia foi bom. “Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, a mesa posta, com cada coisa em seu lugar”. A médica Ana Cláudia Arantes também deixa a mesa posta. Ao contrário de muitos colegas seus, que a veem como um fracasso, pacificou-se com a morte. Escreveu um livro que a leva no título, sem sombras ou tristezas. Lançado em 2017, A Morte é um dia que vale a pena viver segue entre os mais vendidos. Seus vídeos na internet, nos quais defende que olhar para a morte nos dá mais lucidez para as escolhas que fazemos na vida, também acumulam milhões de visualizações. Por mais de duas décadas ela trabalha com cuidados paliativos, aqueles oferecidos a pacientes com doenças graves, incuráveis, mas que podem ter o sofrimento aliviado. “É a área da assistência que vai cuidar de pessoas que querem morrer vivendo”, diz. No mês passado, Ana Cláudia esteve em Salvador para participar de mais uma edição do Cineclube da Morte, que exibe filmes e rodas de conversa sobre o tema (o próximo será no dia 19, às 19h, no Shopping Paseo), e ministrar uma palestra na Clínica Florence, em Nazaré, pioneira no Nordeste em cuidados paliativos. Em entrevista à Muito, ela conta que a cidade está “liderando a jornada no país”neste tipo de assistência.EmSão Paulo, Ana Cláudia está à frente da Casa Humana, que presta assistência domiciliar em cuidados paliativos, e da Casa do Cuidar, que promove o ensino e a prática da área entre os profissionais de saúde.”

Confira na íntegra clicando aqui.

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